Rafinha estava dormindo no hospital, quando seu médico entra no quarto.
- Rafael Bastos?
- Eu!
- Pronto para sair daqui?
- Claro, odeio hospital!
- Bom, seu quadro está praticamente normal...
- Então vai me dar alta?
- Agora mesmo! Só falta buscar a cadeira de rodas!
- Cadeira de rodas? Já sei, não posso andar hoje, certo?
- Bem, mais ou menos... Você não sabe?
- Do quê?
- O tiro acertou a sua coluna, e você ficou paraplégico!
- O quê? Diz que não! Deve ser sonho, hein?
- Não, sei que é difícil, mas você fará fisioterapia e poderá voltar a se mexer!
- É por isso que eu não sentia meu corpo...
- Sim... Vamos?
- Vamos...
O médico ajuda Rafinha a se sentar na cadeira de rodas, e os dois saem do quarto.
Na saída do hospital, Le estava chegando e vê Rafs na cadeira.
- Rafs, acabou de sair do hospital e já está gravando A Liga! Mas cadê as câmeras?
- Não tem!
- E a cadeira?
- Bom... É que eu estou paraplégico!
- Como assim, me explica melhor!
- O tiro acertou minha coluna...
- Meu Deus... Eu mato quem fez isso!
- Calma, só me leva para casa!
- Claro...
- Como será que as pessoas vão me ver? Será que não vou ter mais nenhum fã?
- Olha Rafael, se eles foram realmente seus fãs, te aceitarão de qualquer jeito, que nem eu!
- Valeu amor! – Rafinha beija Le.
- Vamos?
- Sim, claro!
Os dois vão para casa.
Quando chegaram lá, se deitam na cama.
- Não vamos poder, hein?
- O quê?
- Você sabe...
- Mas eu me lembro da sensação do seu toque!
- Hêhê, quando você voltar a andar, eu prometo que vou compensar tudo!
- kkk
Os dois acabam adormecendo.
Passam alguns meses, Rafinha volta a andar, mas acaba tendo uma infecção nos olhos, e precisava de uma doação, ou ficaria cego, para sempre... Quando chega a notícia de que uma doação foi feita, ele volta a enxergar.
Sai rápido do hospital, pois queria encontrar sua amada. No meio do caminho, encontra uma cega tentando atravessar a rua, e ele vai ajudá-la.
- Oi moça, precisa de ajuda?
- Rafs, é você?
- Le, é você?
- Sim, que bom que você está enxergando!
- E você... Quer dizer que você foi a doadora!
- Sim, eu te amo e não suportaria te ver cego...
- Le, eu também te amo, e isso que você fez foi um grande até de amor, valeu!
- De nada, me leva pra casa agora?
- Claro, coloca o braço aqui no meu!
- Ok...
E os dois seguem para casa.
- Pode entrar!
- Estamos na sua casa?
- Sim! Quer algo?
- Serve um copo de água?
- Claro, sente aí no sofá que eu já volto!
- Ok.
Logo Rafinha já volta com o copo.
- Pronto!
- Rápido, hein?
- kkk
- Lembra da promessa?
- Lembro...
- Não vou poder cumprir...
- Por que não?
- Porque estou cega, ué...
- Mas eu tenho um jeito!
- Qual?
- Eu te conduzo!
- Mas a promessa não era essa!
- Esquece ela! Vamos para o quarto?
- Sim!
Os dois chegam e deitam-se na cama, ficando uns minutos em silêncio. Rafinha segura Letícia pela cintura e, sendo conduzida por ele, os dois conseguem e ficam lá, aproveitando e retomando o tempo perdido.
CONTINUA...
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