domingo, 22 de janeiro de 2012

Capítulo 68



            Rafinha estava dormindo no hospital, quando seu médico entra no quarto.
            - Rafael Bastos?
            - Eu!
            - Pronto para sair daqui?
            - Claro, odeio hospital!
            - Bom, seu quadro está praticamente normal...
            - Então vai me dar alta?
            - Agora mesmo! Só falta buscar a cadeira de rodas!
            - Cadeira de rodas? Já sei, não posso andar hoje, certo?
            - Bem, mais ou menos... Você não sabe?
            - Do quê?
            - O tiro acertou a sua coluna, e você ficou paraplégico!
            - O quê? Diz que não! Deve ser sonho, hein?
            - Não, sei que é difícil, mas você fará fisioterapia e poderá voltar a se mexer!
            - É por isso que eu não sentia meu corpo...
            - Sim... Vamos?
            - Vamos...
            O médico ajuda Rafinha a se sentar na cadeira de rodas, e os dois saem do quarto.
            Na saída do hospital, Le estava chegando e vê Rafs na cadeira.
            - Rafs, acabou de sair do hospital e já está gravando A Liga! Mas cadê as câmeras?
            - Não tem!
            - E a cadeira?
            - Bom... É que eu estou paraplégico!
            - Como assim, me explica melhor!
            - O tiro acertou minha coluna...
            - Meu Deus... Eu mato quem fez isso!
            - Calma, só me leva para casa!
            - Claro...
            - Como será que as pessoas vão me ver? Será que não vou ter mais nenhum fã?
            - Olha Rafael, se eles foram realmente seus fãs, te aceitarão de qualquer jeito, que nem eu!
            - Valeu amor! – Rafinha beija Le.
            - Vamos?
            - Sim, claro!
            Os dois vão para casa.
            Quando chegaram lá, se deitam na cama.
            - Não vamos poder, hein?
            - O quê?
            - Você sabe...
            - Mas eu me lembro da sensação do seu toque!
            - Hêhê, quando você voltar a andar, eu prometo que vou compensar tudo!
            - kkk
            Os dois acabam adormecendo.
            Passam alguns meses, Rafinha volta a andar, mas acaba tendo uma infecção nos olhos, e precisava de uma doação, ou ficaria cego, para sempre... Quando chega a notícia de que uma doação foi feita, ele volta a enxergar.
            Sai rápido do hospital, pois queria encontrar sua amada. No meio do caminho, encontra uma cega tentando atravessar a rua, e ele vai ajudá-la.
            - Oi moça, precisa de ajuda?
            - Rafs, é você?
            - Le, é você?
            - Sim, que bom que você está enxergando!
            - E você... Quer dizer que você foi a doadora!
            - Sim, eu te amo e não suportaria te ver cego...
            - Le, eu também te amo, e isso que você fez foi um grande até de amor, valeu!
            - De nada, me leva pra casa agora?
            - Claro, coloca o braço aqui no meu!
            - Ok...
            E os dois seguem para casa.
            - Pode entrar!
            - Estamos na sua casa?
            - Sim! Quer algo?
            - Serve um copo de água?
            - Claro, sente aí no sofá que eu já volto!
            - Ok.
            Logo Rafinha já volta com o copo.
            - Pronto!
            - Rápido, hein?
            - kkk
            - Lembra da promessa?
            - Lembro...
            - Não vou poder cumprir...
            - Por que não?
            - Porque estou cega, ué...
            - Mas eu tenho um jeito!
            - Qual?
            - Eu te conduzo!
            - Mas a promessa não era essa!
            - Esquece ela! Vamos para o quarto?
            - Sim!
            Os dois chegam e deitam-se na cama, ficando uns minutos em silêncio. Rafinha segura Letícia pela cintura e, sendo conduzida por ele, os dois conseguem e ficam lá, aproveitando e retomando o tempo perdido.
CONTINUA...

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